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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Brasil: Espécie de morcegos está se alimentando de sangue humano

Estudo revela mudança no hábito alimentar de morcego-vampiro-de-pernas-peludas, até então conhecido por consumir exclusivamente sangue de aves.

Uma espécie de morcegos encontrada no Brasil, até então conhecida por consumir exclusivamente sangue de aves, está se alimentando agora de sangue humano.
A revelação está em uma pesquisa conduzida por cientistas brasileiros e publicada em novembro na revista científica Acta Chiropterologica, a mais importante publicação do mundo voltada à pesquisa de morcegos.
O estudo analisou 70 amostras de fezes da espécie Diphylla ecaudata, popularmente conhecida como morcego-vampiro-de-pernas-peludas.
Os cientistas conseguiram extrair o DNA de 15 delas - e em três descobriram vestígios de sangue humano, explica Enrico Bernard, professor do Departamento de Zoologia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e responsável pela pesquisa.
O estudo foi conduzido no Parque Nacional do Catimbau, na região de caatinga de Pernambuco, a cerca de 300 km do Recife.
"Das três espécies de morcegos-vampiros que conhecemos, sabíamos que apenas uma delas se alimentava de sangue humano", conta Bernard, em entrevista à BBC Brasil.
"Mas nosso estudo mostrou agora que outra espécie, o morcego-vampiro-de-pernas-peludas, que só se alimentava do sangue de aves, também passou a consumir sangue humano", acrescenta o especialista.
Bernard explica que, diferentemente do sangue de aves, rico em gordura, o dos mamíferos é mais espesso e rico em proteína.
"Sabíamos que essa espécie (morcego-vampiro-de-pernas-peludas) tinha uma adaptação fisiológica para digerir apenas o sangue de aves. Mas isso parece estar mudando, já que ela passou a se alimentar de sangue humano", afirma.
Causas:
Na avaliação de Bernard, considerando que o morcego-vampiro-de-pernas-peludas tem fisiologicamente menos tolerância ao sangue de mamíferos, os novos hábitos alimentares da espécie "reforçam um cenário de escassez de presas".
"Sendo assim, ou o comportamento alimentar desse bicho é muito mais variável do que imaginávamos até hoje, ou há uma restrição significativa de suas presas nativas", diz o especialista.
Bernard afirma que os resultados do estudo parecem validar a segunda hipótese. (...)
Impacto
Além da defaunação (diminuição acelerada e drástica de espécies animais), a mudança dos hábitos alimentares do morcego-vampiro-de-pernas-peludas também pode evidenciar um impacto na saúde pública humana.
"Morcegos transmitem uma série de doenças. Se essa espécie está agora se alimentando de sangue humano, precisaremos lidar com um problema de saúde pública potencial", destaca.
Relatos de morcegos atacando pessoas, especialmente como resultado de transformações ecológicas provocadas pela presença humana, não são inéditos no Brasil.
Em 2005, o Maranhão registrou o maior surto de raiva humana transmitida por morcegos da história do país.
Na ocasião, mais de 20 pessoas morreram vítimas da doença, transmitida por morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue).
Causada por vírus, a raiva humana tem sintomas como febre, fotofobia e dificuldades para se alimentar.
Imagem: ENRICO BERNARD











A Grande Muralha da China filmada com drones

O geógrafo, conservacionista e autor britânico William Lindesay sempre teve uma obsessão com a Grande Muralha da China.
Três décadas atrás, ele deixou sua casa em Merseyside, no noroeste da Inglaterra, para viver perto da construção e estudá-la.
Em 2016, ele e sua família passaram 60 dias viajando ao longo da rede de muralhas. Lindesey acredita ter percorrido cerca de 15 mil km nessa empreitada.
Eles registraram tudo em imagens e usando um drone equipado com uma câmera.
“A imagem da Grande Muralha é incrível e merece ser retratada sob as melhores luzes”, afirmou.
Lindesay e seus filhos, Jim e Thomas, percorreram todos os trechos e também segmentos do sistema de muralhas na Mongólia - que mal pode ser visto do chão, mas forma uma estrutura colossal vista do alto.
- Veja neste vídeo uma parte desse trabalho. -
Leia reportagem completa em BBC:
* Um homem, uma missão: andar por toda a Muralha da China e registrar imagens dela com um drone















terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Toalhas devem ser lavadas com mais frequência do que se imagina!

- Conteúdo BBC -
"Não há dúvida que todo mundo adora sair do banho e se secar com uma toalha macia, felpuda e, principalmente, limpa.
Mas, além do prazer de uma toalha perfumada, existe mais uma razão para se preocupar com a questão da limpeza: os fungos e bactérias.
Cientistas afirmam que as toalhas que usamos diariamente para secar mãos, rosto ou todo o corpo são locais de cultivo de todo tipo de bactérias e fungos, além de acumularem células de pele morta e secreções salivares, anais e urinárias.
Para piorar, as toalhas também podem acumular ácaros e outros agentes prejudiciais à saúde.
Esses pedaços de tecido são ambientes ideiais para a proliferação de tudo isso, pois têm muitas das condições indispensáveis para garantir a vida dos micróbios, entre elas água, temperatura alta e oxigênio.
Na toalha e no corpo:
Nosso corpo também apresenta estas condições ideais para bactérias e fungos - nós estamos cobertos de microorganismos dos pés à cabeça.
Desta forma, quando você se seca com a toalha, os micróbios e secreções de nosso próprio corpo ficam depositados no tecido.
Os resíduos celulares, junto ao oxigênio do ambiente, servem de alimento para os micróbios. E a umidade constante do banheiro favorece sua sobrevivência e reprodução. (...)
Cama e mesa
Estudos realizados em hospitais confirmam que as toalhas e os lençóis são veículos para a disseminação de vírus e bactérias.
Apesar de, comparativamente, residências não serem ambientes de alto risco, é certo que as toalhas podem se transformar em um problema.
Uma pesquisa realizada pela revista Women's Health em 2015 sugeriu que 44% das mulheres ouvidas trocavam os lençóis e toalhas uma vez por semana. Mas 47% faziam isso duas vezes por mês ou menos.
"Não há dados científicos para determinar com exatidão com qual frequência devemos trocar lençóis e toalhas", disse à BBC a cientista Sally Bloomsfield, especialista em doenças infecciosas e consultora do Fórum Científico Internacional de Higiene do Lar.
Porém, acrescenta a especialista, há provas de que existem riscos de infecção dentro de casa.
São desde infecções na pele até uma variedade de doenças como as causadas por bactérias Escherichia coli ou Staphylococcus aureus. (...)
Tudo seco:
A chave, segundo os especialistas, é que entre um uso e outro a pessoa consiga secar a toalha completamente. Algo que nem sempre acontece em espaços sem janelas ou com pouca ventilação - por exemplo, se a porta do banheiro onde a toalha fica pendurada fica fechada.
"Bactérias e mofo começam a se acumular, mas seu crescimento é freado à medida que a toalha seca", explicou Kelly Reynolds, professor de saúde ambiental da Universidade do Arizona.
Bloomsfield, por sua vez, é mais radical: acredita que, em uma situação ideal, as pessoas deveriam lavar as toalhas depois de cada uso. (...)"
Leia a reportagem completa em BBC:
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domingo, 8 de janeiro de 2017

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