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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

II Festival Juruena Vivo: A vida do rio Juruena e lar de 11 povos indígenas/MT - Brasil

















(Imagem BBC Brasil)

Data: 9/10/2015, sexta-feira
Local: Casa de Retiro da Diocese de Juína

19h40 – Abertura: Painel com especialistas e convidados sobre recursos hídricos e desenvolvimento sustentável.

20h – Daniel Rondinelli Roquetti (USP)

20h30 – Francisco Machado (UFMT/MPE)

21h – Ivo Poletto (Campanha Nacional Energia para a Vida)

21h30 às 23h – Diálogo com o público.

Agenda cultural
10/10/2015, sábado
Local: Centro de Eventos de Juína

- A partir das 16h30 Exposição Fotográfica das Águas

- A partir das 17h Feira Livre e Mostra de Vídeos

- 20h Festival da Canção

- 22h Show de encerramento com o violeiro Victor Batista – Show Recital do Violeiro

Mais informações: www.redejuruenavivo.com


História e vida no Juruena
Em toda a bacia vivem cerca de 500 mil pessoas. Há 38 assentamentos, 11 povos indígenas em 20 territórios tradicionais reconhecidos, além de uma rica biodiversidade que abrange muitas espécies endêmicas, especialmente nas cachoeiras, e áreas chamadas de hot spots, ou seja, importantíssimas para a conservação da natureza. Entretanto, além de ameaças concretas à região como a contaminação por agrotóxicos e o desmatamento, a bacia do Juruena tem pelo menos 102 projetos de hidrelétricas, entre as que já estão em funcionamento, em construção e outras que ainda não saíram do papel.
De acordo com o planejamento energético do governo federal, o distrito de Fontanillas, que pertence à Juína, poderá ficar debaixo d’água se as hidrelétricas no Médio rio Juruena forem erguidas. “Fontanillas possui um ambiente frágil, em sua maioria composto por solo rochoso, sendo que qualquer alagamento seria catastrófico, uma vez que a água não tem para onde escoar ou infiltrar”, explica Cleiton Silvestrim, presidente da Associação de Moradores de Fontanillas. O distrito faz parte da história da região noroeste, porto de chegada dos colonizadores e local de construção da primeira escola do município. “A população tem uma relação direta com o rio, inclusive para lavar roupa e abastecer as casas com água, além dos povos ribeirinhos, pescadores e agricultores em seu entorno”, continua Silvestrim.
Diversas organizações e coletivos da região já vinham sentindo a necessidade de ampliar o debate sobre o desenvolvimento regional considerando o rio Juruena íntegro. Por este motivo, resolveram formar a Rede Juruena Vivo. “Com o Festival, a população é chamada a conhecer e reconhecer os potenciais do rio Juruena, refletir sobre a vida existente e valorizar cada vez mais. Inclusive, abre oportunidade aos interessados de discutir junto aos assentados, ribeirinhos, indígenas, técnicos, educadores, reunidos na Rede Juruena, melhorias que rumam para a construção de um futuro sustentável para a região”, afirma Liliane Xavier, militante no coletivo AACUARELA, que compõe a Rede Juruena Vivo.
Esta rede vem crescendo a cada ano como um espaço de trocas de informações, formação de pessoas conscientes e questionadoras sobre seus direitos coletivos e individuais. Segundo Silvestrim, ela pode contribuir também no auxílio à execução de propostas que valorizem as populações tradicionais e a manutenção do homem no campo. “Podemos tomar por base o potencial turístico local que vem sendo explorado de forma desorganizada e desordenada ‘com baixa consciência socioambiental’. Seria muito importante para a população local organizar o setor turístico como forma de valorização local”, opina o presidente da Associação de Moradores de Fontanillas.
“Nossa preocupação é levantar a importância deste rio que já contribuiu para a nossa colonização e a valorização da região pela questão cultural. Vamos deixar a sociedade falar e conversar. Esta é a forma que o município encontrou para chamar a atenção do rio e deixar a população decidir”, completa Leandro, da Secretaria de Educação e Cultura de Juína.

















* Exposição em Londres traz fotos de tribo brasileira ameaçada por hidrelétrica
Matéria publicada em 30 de Setembro de 2009 - BBC Brasil
GALERIA DE FOTOS: OS ENAWENÊ NAWÊ
"Uma exposição de fotografias em Londres reúne imagens de florestas tropicais devastadas e destaca a situação da tribo brasileira enawenê nawê, cuja subsistência está sendo ameaçada pela construção de usinas hidrelétricas no noroeste de Mato Grosso.
As fotos, do espanhol Daniel Beltrá, foram feitas durante visitas a florestas na República Democrática do Congo, Indonésia e Brasil.
Sons, vídeos e até cheiros são utilizados para contar a história por trás das fotografias expostas no jardim botânico Kew Gardens, no sudoeste da capital britânica.
Entre as atrações está uma sala de projeções com cadeiras para que os visitantes se sentem e assistam às imagens projetadas no teto."









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