A confirmação da existência de ondas gravitacionais abre uma nova perspetiva na exploração do universo.
(A viagem de uma onda gravitacional)
(Simulação da fusão de dois buracos negros e a propagação de ondas gravitacionais)
A descoberta, anunciada na quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2016, a partir do som da colisão de dois buracos negros longínquos, é considerada como um dos maiores avanços na física das últimas décadas.
Um dos cerca de mil cientistas que participaram na construção do Interferómetro laser LIGO, o aparelho responsável pela descoberta, explica a importância destas ondas.
“Abrimos uma nova janela sobre o Universo. Temos possibilidade de estudar de forma totalmente diferente fenômenos que permaneciam até hoje obscuros”.
Diretor do laboratório de materiais avançados de Lyon, em França, Gianpietro Cagnoli explica também as possíveis aplicações da nova descoberta.
“Nós já sabíamos que o Universo pode ser estudado e observado por diferentes instrumentos: os telescópios tradicionais, radiotelescópios, raios cósmicos, partículas de alta energia, e agora as ondas gravitacionais. Esperamos poder agora aumentar o nível de conhecimento sobre o Universo”.
A detecção deste tipo de ondas abre também o caminho à “astronomia gravitacional”, segundo Benoît Mours, diretor de investigação do Centro Nacional de Investigação Científica, entrevistado pela agência francesa AFP.
A detecção das ondas gravitacionais vai permitir ver o que está a acontecer “no interior” durante a fusão de dois buracos negros, por exemplo, segundo Mours.
“As nossas vidas não vão mudar amanhã de manhã”, segundo o investigador francês, que salienta que os avanços tecnológicos que permitiram a deteção de ondas poderão ter, em última instância, um impacto na vida diária das pessoas.
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