Quando mergulhava com sua câmera em uma praia da ilha espanhola Grã Canária, na costa da África, o fotógrafo brasileiro Leonardo Merçon viu uma cena curiosa.
"Eu estava lá registrando a biodiversidade do local e me deparei com uma garrafa, latas e outros objetos. Mas vi que um determinado peixinho sempre voltava para dentro da garrafa."
Era uma maria-da-toca (Parablennius pilicornis), espécie da região, que fez sua casa em um recipiente jogado no mar.
Para Merçon, que tem uma ONG de conservação e planeja registrar o maior número possível de espécies, a cena é "triste", já que ilustra o acúmulo de lixo nos mares.
De acordo com a ONU, o lixo comum - especialmente o plástico - é um dos principais fatores de poluição dos oceanos em todo o mundo.
Em janeiro passado, um estudo apresentado no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, sugeriu que se for mantido o atual ritmo de poluição dos mares, em 2050 haverá mais plástico que peixes no oceano - por peso.
Em 2017, o Brasil tornou-se o 30º país a apoiar oficialmente a campanha global do órgão contra o problema.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o país se comprometeu a criar um Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar e apoiar a criação do Santuário das Baleias do Atlântico Sul e de Áreas Protegidas Marinhas.
Imagens: Cortesia Últimos Refúgios
Reportagem: Camilla Costa
(Conteúdo BBC Brasil)
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