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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

As chocantes consequências dos rompimentos das barragens da Samarco em Mariana/MG./Brasil

Acesse os links(*) de Reportagens da BBC Brasil:
Sabedoria indígena em 15 de Novembro de 2015, sobre o Rio Doce:
"Com a gente não tem isso de nós, o rio, as árvores, os bichos. Somos um só, a gente e a natureza, um só", diz. Ele respira fundo: "Morre rio, morremos todos".

(Geovani Krenak, líder da tribo indígena Krenak)

* #barragensdeMariana: Moradores de Governador Valadares ficam até 2h na fila para obter água
17 de Novembro de 2015:
A enorme onda de resíduos químicos vinda da barragem da Samarco em Mariana (MG) fez com que a cidade mineira de Governador Valadares interrompesse a distribuição de água para seus 280 mil habitantes.
Para minimizar prejuízos, postos de distribuição de água engarrafada foram espalhados pela cidade. Escoltados pelo Exército, moradores formam filas com mais de mil pessoas, que esperam até duas horas para conseguir sua cota individual – cinco litros por pessoa.


* 'Mutirão de análise' da lama de Mariana quer transformar cidadãos em pesquisadores
17 de Novembro de 2015:
Pelo Facebook, a produtora audiovisual mineira Janaína, que mora no Rio de Janeiro, começa a receber instruções sobre tubos de ensaio e protocolos para coletar amostras para testes químicos.

* Moradores descartam retorno a vilarejo arrasado por lama de barragem
16 de Novembro de 2015:
O rompimento de duas barragens em Bento Rodrigues, povoado de Mariana, em Minas Gerais, arrasou a pequena localidade de cerca de 600 habitantes. Passados 11 dias da tragédia, o futuro de seus habitantes é repleto de incertezas, mas um ponto já está definido: eles não querem voltar a viver no mesmo local.

* Índios fecham ferrovia da Vale em MG em protesto contra 'morte de rio sagrado'
15 de Novembro de 2015:
Com o corpo pintado para a guerra, tinta preta no rosto e olhos vermelhos de noites mal dormidas, Geovani Krenak, líder da tribo indígena Krenak, mira a imensidão de água turva e marrom.
"Com a gente não tem isso de nós, o rio, as árvores, os bichos. Somos um só, a gente e a natureza, um só", diz. Ele respira fundo: "Morre rio, morremos todos".

* Pescadores convocam 'Arca de Noé' por WhatsApp para salvar peixes de dilúvio de lama
13 de Novembro de 2015:
Cerca de 400 famílias de trabalhadores sofrem isoladas às margens do rio Doce, entre Minas Gerais e o Espírito Santo, graças à enxurrada de lama que escoa das duas barragens rompidas em Mariana (MG) na quinta-feira, 5 de novembro.
Manual de sobrevivência:
O volume despejado após o rompimento das barragens do Fundão e de Santarém, em Mariana, equivale a 25 mil piscinas olímpicas.
Após cidades como Colatina e Governador Valadares decretarem estado de calamidade pública, um "Manual de Sobrevivência na Crise" foi criado por movimentos sociais para auxiliar moradores a se adaptarem a restrição hídrica - em Valadares, por exemplo, 100% da água encanada vinha do rio Doce.
A cartilha traz orientações sobre armazenamento de água, reutilização e sugestões para economia de água em tarefas domésticas. "Entendemos que, sem abastecimento na rede, o material será bem útil para as pessoas lidarem com essa nova realidade de utilização da água", diz Katia Visentainer, do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração, que também disponibilizou o material para * download.








13 de Novembro de 2015
O empenho destes pescadores em salvar sua única fonte de sustento é tamanho que eles decidiram convocar mutirões para tentar transferir os peixes do rio contaminado para lagoas de água limpa. Batizada como "Operação Arca de Noé", a força-tarefa voluntária operará em locais que ainda não foram atingidos pelo "tsunami de lama" que desce o rio Doce desde o dia 5.
Dourados, surubins, pacus, tucunarés, pintados e outras espécies afetadas pelos resíduos de mineração da Samarco, empresa controlada pela brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP, estão escapando da morte dentro de caixas d'água, caçambas e lonas plásticas; tudo "no improviso", segundo moradores.
Analistas ouvidos pela reportagem da BBC Brasil estimam que a passagem da lama e produtos químicos tenha reduzido o oxigênio do rio Doce a níveis próximos a zero, levando milhares de peixes e outros animais aquáticos à morte por asfixia.

Questionada sobre a situação dos pescadores, a Samarco disse, em nota, que "adotará as ações necessárias para identificação e mitigação dos impactos e reportará aos órgãos ambientais competentes".
A mineradora diz ainda que vai "priorizar a assistência à população afetada pelo acidente" e que "está executando um sistema emergencial de monitoramento da qualidade de água no Rio Doce", com "pareceres técnicos imparciais, de equipe multidisciplinar renomada". A empresa não informou, no entanto, quando o estudo estará pronto, nem quem faz parte desta equipe.
Após visitar cidades afetadas pelos rejeitos de mineração, nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff comentou pela primeira vez a situação no rio Doce.
"O nosso objetivo maior vai ser recuperar o rio Doce. O rio Doce é o sinônimo de vida da região", afirmou Rousseff, que também anunciou multa de R$ 250 milhões à mineradora responsável pelos vazamentos.
Este valor é criticado pelo Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração, que acompanha famílias afetadas por mineradoras desde 2013.

"A multa não chega à metade do valor doado por mineradoras para campanhas eleitorais no ano passado", alega a secretária Katia Visentainer, com base em dados públicos relacionados às eleições de 2014.
'Matou tudo' - Leia mais em BBC Brasil



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