A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou que as infeções consideradas atualmente como menores podem voltar a matar se nada for feito com urgência a nível global para lutar contra a resistência aos antibióticos.
No primeiro relatório sobre a resistência aos antibióticos a nível mundial, a OMS afirma que "esta grave ameaça já não é uma previsão, mas uma realidade e que todos, independentemente da idade e do país, podem ser afetados".
‘‘Não se trata de um fenômeno regional que ocorre apenas em países pobres ou em vias de desenvolvimento ou países ricos. É algo que está acontecendo em todos os países do mundo”, disse Keiji Fukuda, subdiretor-geral da OMS para a segurança sanitária.
Considerados pela OMS como um dos pilares da saúde, os antibióticos permitem viver mais tempo e com melhor saúde, mas, em algumas décadas, a sua utilização incorreta tornou-os praticamente ineficazes.
“Atualmente os dois maiores perigos são a utilização exagerada dos antibióticos na produção de alimentos e na produção animal, especialmente quando se recorre ao uso de antibióticos como fator de crescimento nos Estados Unidos e no resto do mundo. Na Europa foi restringido em 2001.
O segundo perigo é a utilização exagerada na saúde humana”, sublinhou Jean-Baptiste Ronat, microbiólogo.
O estabelecimento de sistemas de vigilância do fenômeno, a prevenção das infeções e a criação de novos antibióticos são as recomendações feitas pela Organização Mundial de Saúde.
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